DIÁLOGO INTERNO

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Quando medito sobre a vida travo um embate comigo.

Seria bem mais fácil se nos bastasse a vontade, se nos bastasse o sonho e só fosse preciso o querer...

A vida no entanto é conjunto complexo de planos e sonhos nossos e de outros, e raramente comungarão com nossa visão.

Descobrimos que não basta saber, não basta fazer, não basta querer.

A conjunção de ideais depende de afinidades. Depende da vivência do outro, da maturidade.

Em diálogo interno questiono as ações ou reações que depois me trouxeram o arrependimento.

Aos poucos descubro que não me cabe julgar. E o quanto é necessário saber colocar-me no lugar do outro.

E se eu fosse o outro, o que eu faria? O que diria?

Com o passar do tempo descubro a importância de perdoar - o outro e a mim mesma.

Descubro a necessidade de ouvir. E saber ouvir é uma arte.

As vezes, é mais importante ouvir do que falar.

Calar-se, do que entrar em debate.

Observar sempre, para melhor aprender.

Aos poucos, aprendemos que querer só se concretiza quando respeitamos o ser do outro:

certo de que também sonha, anseia, planeja.

E o observar o outro trouxe-me maturidade para planejar o que quero.

Meu diálogo interno tem me ajudado a viver com melhor qualidade.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 02/09/2011
Código do texto: T3197338
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