Explícito
Numa total nitidez
Meu coração se refez
Com sentimentos ainda mais fortes
Como se dançasse está música pela primeira vez...
Numa total nitidez
Estou valsando à insensatez
Na embriaguez dos meus pecados mais cândidos...
Numa total nitidez
Meus versos num total abstrato
Uma explicação vinda dum canto qualquer
Porque os ratos à noite roem o que querem roer
Numa total nitidez
Peço vossa clemência
É fato dos pensamentos pressentirem o existir?
Numa total nitidez
Pessoas cada vez mais explicativas confusas
Desejando a mútua solidão dos corpos
Frio, muito frio agora sinto...
Numa total nitidez
Vejo vocês agora que me veem
Conjurando versos íntimos como se fosse de vocês
Numa total nitidez
Aqui revele à vida muita sorte
Quanto mais me conheço, mais prefiro ser amigo...
Pois a raiva nos apodece!
Numa total nitidez
Tanta gente mal amada
Que prefere ter animais à seres humanos por perto
E de volver, para onde irias contigo mesmo?
Numa total nitidez?
Donde ficam teus espelhos?
Quanto mais me conheces, mais há de ter nojo de ti? – humano!
Numa total nitidez
Rolo os moinhos, embalo os passarinhos,
Espalho cinzas nas calçadas...
Numa total nitidez
Apago velas de defuntos, alimento incêndios pelo mundo...
Numa total nitidez...
Eu me vejo e revejo revirando pelo avesso diante de total escuridão no coração e na mente de todos àqueles que dizem não aos sentimentos e a todas as formas de sentidos distante do ideal de viver diante da morte e distante de si mesmo...
É o que acontece a cada dia,
Num eclipse total de felicidades...
Dentro de cada um de vocês!?
Triste é de teu sol que faz raiar o dia!
Para nítidos vos seres?
Humanos!