A CHUVA NA MADRUGADA.

...e porque caiu a chuva nesta madrugada, e porque o frio envolveu minha mente que não dorme, umedeceram-se as idéias e congelada ficou a minha razão de emoções.

Passam pelos olhos as imagens do que eu quis vida, sem mais movimentos e sem mais promessas. Os dias são menos longos, maiores são as noites de esperas e menores são as certezas dos sonhos que já não vêm.

Pensamentos perderam-se nas desordens do universo, instantes inconstantes se confundem pelo espaço, sentimentos inquietos se esvaem no infinito.

Um pouco de meu verso em estranhas poesias, pequenos poemas de loucuras revolvidas, algumas orações sem rimas de momentos revividos.

Conquistas falsas de vitórias sem histórias, de horizontes obscuros por sóis que se esconderam, transformando luares em poeiras que o cosmos vai jogar pelos mares de oceanos revoltos da minha inexistência.

Não me é permitido sonhar. Abrem-se as ilusões trocadas e é a minha realidade que se instala: Tenho de viver sem o meu querer, tenho de sorrir ao sentir dor, tenho de amar sem ter o amor. E agora, nesta madrugada que se arrasta, e que arrasta na chuva meus desejos de abraços, coberta a visão, encobertos os meus passos, “eu trocaria todos os meus amanhãs sem luz, por um dia ao teu lado no passado”.

Se o passeio é entre montanhas inatingíveis, se o caminho são tormentos de estradas tortuosas, se me perco no pó dos restos das cores que deixaste, vou guardando as melodias das notas musicais que te cantam em mim. (IDA)

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 16/12/2006
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