Olho de Lambari.

Mastiguei o olho de um lambari e me senti mal...

Não tinha molho, não tinha sal...

O estômago ardeu e em casa percebi que não havia sonrisal...

A vizinhança de mim há muito falava mal..

Até o lambari, que aqui ou ali, um dia viveu, comeu e tomou sol...

Dentro de mim via e ria de tudo, o quanto na vida eu me dei mal...

Por mais que se tente, se esperneie ou grite mamãe!, no fim as contas cada qual tem a sua dividida por igual...

Será que estou repetindo as coisas?

Será que estou senil?

Louco?

De qualquer forma, no fim das contas, não me levem a mal!

Como sinto pena dos animais!!!

Queria ser um na vida próxima, caso tenha, a fim de “resgatar-me”...

Talvez um lambari, um peixe por aí a sorrir, fisgado por uma isca de aço e lançado numa frigideira quente, ou quem sabe um sagui, um mico leão dourado, um cão, um sapo, anfíbio, réptil, inseto, um bicho, monstro qualquer, um animal...

Savok Onaitsirk, 05.09.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 14/09/2011
Código do texto: T3219372
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