A VOCÊ

A VOCÊ QUE TANTO ESTIMO

QUE INTIMO SE FAZ DE MEUS DESATINOS

A VOCÊ.

A VOCÊ QUE DEDICO TODAS AS HORAS DE MINHA VIDA,

MAS QUE NEGO OS MINUTOS DOCES DE MEUS PENSAMENTOS...

A VOCÊ QUE DE LONGE SE FAZ SONHO, ETERNO, MATERNO TALVEZ.

A VOCÊ QUE NOS MEUS BRAÇOS SE FAZ MENINO,

TENTANDO AINDA ENROLAR NOS MEUS CABELOS OS CARACÓIS QUE JÁ NÃO TENHO MAIS.

SERÁ QUE AINDA ENXERGAS AQUELA MENINA?

SERÁ QUE ELA AINDA TE FASCINA?

OU SERÁ QUE O OLHAR DELA AINDA SOBREVIVE EM TUA MEMÓRIA?

A VOCÊ QUE ME FAZ RENDER-ME À BATALHA,

ESPERANDO NA ESTRADA,

QUE O TEMPO VENHA ME RECOLHER.

A VOCÊ QUE AGORA COLHE OS FRUTOS DE MINHAS SÚPLICAS,

QUE OBSERVA AS MINHAS ESPADAS SENDO EMBAINHADAS

E MINHAS LETRAS SENDO ESFUMAÇADAS PELA ESTRANHEZA DOS ANOS.