Dedilhando saudades

Dedilhando saudades

Vanderli Granatto

O tempo se foi, não volta atrás.

De minha memória o passado não sai.

Os dias transcorrem ditando as normas do viver.

O toque da brisa a acariciar-me,

me faz lembrar do antigamente,

me faz divagar.

Com toques suaves, saudades dedilho .

Saudades do embalo das filhas,

do doce canto de ninar.

Saudade de minha mãe cantando,

nas tardes; me encantando.

Saudade do Malandro meu cachorro,

que malvado latia, latia sem cessar.

Saudade da minha cama,

a qual, me deitava pra sonhar.

Sonhos, contos de fadas!

Adormecia nos braços do meu desejar.

Saudade de tudo que vivi. Quanto brilho!

Oh, tempos idos tão lindos!

Partiram pra nunca retornar.

No toque dos dedos, me abandono nas lembranças

e o tempo avança...

Os ventos fortes do inverno se aproximam,

me deixam chocada com lições malfadadas a rodar.

Ah, bom Deus de Nazaré!

Me ajude a lutar, não desanimar.

Me dê sabedoria, discernimento,

para encarar o que vem à frente.

Dedilho saudades, o tempo bom se foi,

não volta atrás.

Vanderli

Em 18/09/2011

Botucatu/