Que Posso?

Que posso além de amar-te calidamente

Como um raio do sol penetrante

Entre a densidade das folhas dos arvoredos?

Que posso além de ver, de sentir, de viver,

De nascer em cada morte, de voltar em cada ida, de chorar cada partida?

Que posso além de amar-te verdadeiramente com o coração

Procurar o teu amor distorcido e vulgar?

Pergunto-te, pois, amaste-me a ponto de jamais

Fazer fechar esta flor na penumbra de suas próprias pétalas?

Pergunto-te não por duvidar

Pergunto-te por tanto assim te amar.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 19/09/2011
Código do texto: T3227918