ERA UMA VEZ

Era uma vez...

Uma certa mulher que morava dentro do meu corpo.

Ela era amiga, companheira sincera amável.

Uma mãe amorosa.

Esposa dedicada, sem pedir nada em troca.

Até mesmo duas das suas maiores alegrias, (música e poesia) ela se privava só para não aborrecer seu companheiro, a quem ela era capaz de da a vida, sua confiança nele era impressionante.

Um dia essa mulher que morava no meu corpo, descobriu que a pessoa que ela tanto amava, a quem ela tinha confiança absoluta, a TRAIU da pior forma, então essa mulher caiu por terra, e rolou sem esperança pra dentro de um poço sombrio e frio, de gelar até a alma, e lá ela permaneceu, por algum tempo.

Mas um dia a mulher que morava dentro do meu corpo levantou, deu um longo salto e saiu de dentro do poço, e percebeu que a pessoa que ela fez tudo para agradar, não merecia tanto.

Então ela saiu do mundo de ilusão, e como fênix ela ressurgiu das cinzas, ou melhor do poço.

Então a mulher que morava no meu corpo se transformou em uma poesia.

A mulher que morava dentro do meu corpo, continua amiga, companheira, sincera, amável, e mãe amorosa, mais com a alma livre... Para, ouvir musica, fazer poesia e tudo o mais que ela gosta.

Pois a mulher que morava dentro do meu corpo, aprendeu que não devemos deixar de fazer nada do que gostamos, pelos outros.

E hoje a mulher que ainda mora no meu corpo se juntou com minha alma, e se fez uma só...

Mel Santos

20/12/06