A arte é a esperança
Uma moça de rua carregava uma caixa vazia
Será que mesmo estava vazia?
Não sei!
Mas ninguém sabia o que né-latinha!
E ela andava e falava de maneira estranha
Falava de química e física
Eu fiquei olhando sem saber o que pensar
E a mulher danava a falar
De organismo humano e sistema celular (danificado)
A partir dessa estrofe, resolvi que esse texto
Não terá mais rima
Pois é difícil pensar em arte
Sabendo que pessoas morrem de fome ainda
Não vou rimar fome com alegria
Pois, nem se eu quisesse daria
Mesmo porque, fome estava lá dentro
Mas alegria não tinha
Também não vou rimar rancor com amor
Até rimaria e na verdade, os dois tinha
Mas não vou rimar
Não quero rimar pouca roupa com louca
Na verdade um tinha
Mas o outro não era real.
Pelo menos ainda!
Não vou rimar luva com uva (podre)
Nem vou rimar brinquedo quebrado
Com punhado de arroz estragado
Algumas palavras deste texto até dão para rimar
Mas não vou fazer “isso”
Porque quase tudo “isso” tinha lá
Pois um texto bem feito
É o que chama a atenção de qualquer um
E isso não dá p’ra negar
Mas e a moça? O que ela carregava na caixa?
Você sabe o que ela carregava. Eu sei o que ela carregava
Quase nada de bom ela carregava
Mas uma coisa que ela carregava, me deu vontade de rimar novamente
Vou rimar arte com esperança!
Você consegue descobrir o que a mulher tinha na caixa?
É "Latinha" "Celular danificado" e "Fome" também. O "Rancor" e "Amor" coabitavam em seu coração. Caminhando pela rua com sua "Pouca roupa", incluindo uma "Luva", ela tentava comer "Uva podre" e um "Punhado de Arroz estragado", sem sucesso tentava vencer a fome brincando com seu "Brinquedo quebrado" e também brincando, produzia lindas poesias que retratavam a vida de um ser humano que vive na rua. "UM TEXTO BEM FEITO É O QUE CHAMA A ATENÇÃO DE QUALQUER UM. ISSO NÃO DÁ PARA NEGAR!"
Latinha;
Celular danificado;
Fome;
Rancor;
Amor;
Pouca roupa;
Luva;
Uva podre;
Brinquedo quebrado;
Punhado de arroz estragado;
A arte ainda é uma esperança no coração de muitos!