Dos teus, dos nossos segredos...
Quais são as chaves que abrem essas passagens? Como adentrar
o pátio das tuas canções? Qual o pacto a fazer com as tuas decisões?
Talvez eu nunca veja a face das tuas vontades, nem talvez saiba
onde esconde tuas saudades...mas terei a tua essência em gotas
cálidas, tão mansamente pingando sobre a minha tez...que mais
terei de ti, do que queiras me dar...
Quando o verbo entre nós se fez poesia, e nosso chão em vivas
brasas se fez promessas...a vaga das horas em que nos atamos
sem licença, cinscusncreveu entre nós uma aliança.
Eis que estabelecida a confiança, nossos elos somente a
nós pertence.
Em que tempo te acho não sei, em que hora te encaixas na
minha presença...eu sei...e ainda que uma sombra pálida
de ti me capeie sem nunca se atrever a me pertencer...terei sabido
muito mais do que foi dito...acusa-me o sentido...
Permita que eu encontre nos teus caminhos, oásis para o pouso
da minha agonia...e que nessa terra em que me acho encantada
eu solte a minha alegria, pra somar leveza nessa
mistura doce de nossa alquimia...
Calamos aos sonhos que nos rodeiam sem pressa...e nessa
magia que permeia nossas palavras, um mundo explode em
toques suaves...carinhos e segredos navegam mansinhos,
nossos mundos se tocam...se provocam...mas navegam em
mares distantes, semelhantes...abaixo do mesmo céu...