O VELHO REALEJO

Na praça da igreja o sol fugia entre as nuvens, anunciando que o domingo estava prestes a acabar, o que nos entristecia muito, a gente esperava a semana inteira que esse dia chegasse só para namorar na praça, era tudo tão romântico e encantador.
Sentados no banco da praça, a nos beijar, como se não houvesse mais ninguém a nossa volta. Uma multidão caminhava em todas as direções, sem que ninguém se importasse com a gente a namorar. Até que o velho- realejo parou diante de nós um senhor que tocava uma música triste, perguntou se a gente queria ver a sorte, em seguida o papagaio da sorte apanhou com o bico um envelope e nos entregou, onde estava escrito: Uma surpresa os aguarda nesse domingo. Intrigados nos abraçamos fortemente e caminhamos em direção da igreja como se buscasse-mos a proteção divina.
Que surpresa seria esta, o dia estava terminando, o sol já tinha se escondido atrás do morro que rodeava acidade, as luzes da praça já estavam acesas e muitas pessoas já deixavam o lugar, indo em direção as suas casas. Nos despedimos e fomos embora cada um para seu lado, com aquela estranha previsão em nossas cabeças apaixonadas, na verdade as previsões do velho realejo nunca se cumpriam mais todo mundo fazia de conta que acreditava só para dar asas a imaginação e alimentar o romantismo das tardes de domingo na praça da igreja.