Fuga
Parei para observar as pessoas e suas atitudes, uma forma de entender o psicossocial...
Dessa forma, observei que a modernidade é fugitiva e contingente, as pessoas são modificadas e afetadas pela negatividade da multidão, uma massa morta com comportamentos modificados.
As diferenças sociais, culturais e raciais nos degrada, uma cidade melancólica, na qual a modernidade me incomoda.
A poluição enjoa-me e me perturba, pois o ambiente é escuro e cinza...vivemos em prisões que muitos chamam de moradia.
Ainda muito jovem, me sentia deslocada dá medida justa dos valores, aliás tais valores que nunca me pareceram convincente e que acabava ativando um trama épico em mim. Mas, houve algo prático e prudente e que revelaria um equilíbrio entre os sentidos e a razão.
Os dramas morais, o sentimentalismo patético, sentiria a vida toda, em nome do bom senso ou talvez da formação, assim configurava a minha existência.
Deste modo, vivendo em mundo cada vez mais aberto a inquietação, escrevia e para quem eu escrevia?
Talvez para insensibilidade, ás angústias do meu próprio tempo de uma concepção estética, abrindo assim um caminho paralelo, quando já me sentia extinta em toda a parte do mundo, e que mesmo assim ainda sobrevivia.
Cultivando um capricho individual de resistência à lógica da burguesia dominante, no entanto como um fenômeno ideológico, produziam-me força no radical sentido, num comportamento estranho que beirava ao caos.
Procedia um levantamento exaustivo do que escreverá, fatos brutos e de estrutura complexa, onde a hipocrisia absolutista do governo de ignorância vigente, impressiona-me a dissimulada forma democrática onde violavam aos direitos humanos.