Como uma segunda pele
Arranha minha tez, arranca de mim confissões múltiplas; aqui onde as palavras são minhas e as armas que tenho são todas para acertar uma única ilusão, não careces de rodeios.
Flerta na insensatez dos meus loucos desejos, para que além dos nossos sussurros e gemidos, fique marcado no meu corpo a tua eternidade e na tua pele a minha inteira certeza de amar.
Não quero acordar da loucura de ser eu liberta e desperta, para não me separar mais da chama da vida, essa que faz das noites, procelas de alegrias, e dos dias dilúvios de paixão generosa.
Como uma segunda pele, vista meu corpo e minhas palavras, deixes solto meus pensamentos e te adones dos meus desejos...todos...porque eles se amoldam aos teus contornos...
Molhes os lábios nas minhas palavras, que eu bebo nos teus lábios a vida que me espera no próximo minuto...
Dança no meu corpo atrevido, descendo pelas linhas sinuosas, enquanto serpenteio abraçada à tua pele de lobo matreiro...
Uiva pra mim...que lanho e mordo pra provar os teus sabores...sentir o prazer dos teus infindos gozos
Sou braços, pernas enroscados na tua tez, sou um verbo sem tempo, uma vida sem hora.
Sou a tua certeza de estar, a intenção do teu sonhar...estou onde deveria estar; por que estás onde eu sei encontrar.