Como uma segunda pele

Arranha minha tez, arranca de mim confissões múltiplas; aqui onde as palavras são minhas e as armas que tenho são todas para acertar uma única ilusão, não careces de rodeios.

Flerta na insensatez dos meus loucos desejos, para que além dos nossos sussurros e gemidos, fique marcado no meu corpo a tua eternidade e na tua pele a minha inteira certeza de amar.

Não quero acordar da loucura de ser eu liberta e desperta, para não me separar mais da chama da vida, essa que faz das noites, procelas de alegrias, e dos dias dilúvios de paixão generosa.

Como uma segunda pele, vista meu corpo e minhas palavras, deixes solto meus pensamentos e te adones dos meus desejos...todos...porque eles se amoldam aos teus contornos...

Molhes os lábios nas minhas palavras, que eu bebo nos teus lábios a vida que me espera no próximo minuto...

Dança no meu corpo atrevido, descendo pelas linhas sinuosas, enquanto serpenteio abraçada à tua pele de lobo matreiro...

Uiva pra mim...que lanho e mordo pra provar os teus sabores...sentir o prazer dos teus infindos gozos

Sou braços, pernas enroscados na tua tez, sou um verbo sem tempo, uma vida sem hora.

Sou a tua certeza de estar, a intenção do teu sonhar...estou onde deveria estar; por que estás onde eu sei encontrar.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 10/07/2005
Código do texto: T32646
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