Uma menina chamada Talita Tonso

São diversas coisas.

Uns surtos mal trabalhados, uma falta de foco proporcionada por algo pequeno demais.

Algo a ver com sexo. Pele. Sentimentos. Ressentimentos.

Virei um livro ambulante que lê as histórias aleatórias sem a preocupação de quem vai querer ouvi-las.

Tudo torna-se desculpas fajutas para não chorar.

Logo o choro que era meu consolo. Minha base remanescente doutras épocas mais tristes e mais felizes...

Tanto faz.

Resta-me eu mesma dentro de mim.

Aqui fora as festas são belas. Mas por dentro volto-me àquele lado que me amedronta.

Aquele lado incontrolável que me impulsiona ao fácil.

Ao prazeroso, ao unicamente leviano e fugaz.

Necessito de alguém a mais para ser uma só.

Como quem espera viver algo grande apenas quando houver repartição de glórias.

E, sim, eu sei que não deve ser assim. Mas como?

Como meu Deus, sair de um estado que tornou-se próprio de mim?

Minhas palavras nem a mim me convencem mais...

A paixão outrora ardida por alguma menina que passou, arde só pelo prazer de sofrer por algo que é familiar.

Ah! Aquelas épocas imaturas de delírios regados a muco e palpitações!

Como soam atrozes coisas tão simplistas daqueles tempos.

E aqui eu me ajoelho aos pés das pessoas que sofrem nas minhas mãos.

Aos meus romantismos batidos, questões repetidas, palavras repetidas.

Só mais um desabafo significante pra mim, inútil para o resto.

Eu entendo perfeitamente que não haja interesse.

Se fosse a primeira vez...

Mas, não, aqui não expresso meu pessimismo adquirido (novamente)

Pelo contrario, pessoas que se importam.

Isso deve servir como um impulso.

Só peço, aos que restaram próximos, paciência.

Repetirei assuntos, perguntarei as mesmas coisas,

Soarei eufórica num segundo e desesperada no próximo.

Mas clamo por esperança de vocês em mim!

Posso ganir, uivar, sem cabelo, sem gana, sem coração.

Mas não desistam.

E aos que já o fizeram, meu mais profundo pedido de desculpas.

Juro que se houve maldade, não faz parte de mim.

Àqueles que me conhecem, sabem. Eu não sou assim.

Enfim, livre às acusações e desabafos para ninguém,

Alegro-me infinitamente pelas emoções que tenho vivido.

Ainda prefiro assim do que sem sal algum.

Pelo menos sei que quem ler isso se interessa ao menos um pouco.

O gostinho do sal às vezes incomoda, mas é essencial.

Ou, caso ninguém leia, coloquei para fora alguma fábula a mais.

Sem me preocupar em disturbar alguém ao contá-la.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 09/10/2011
Código do texto: T3265937
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