Melancolia
Noite, confidente querida, conhecente do íntimo de mil mentes, silenciosa, como a agonia condescendente que nunca se dissipa, assiste ao cair das lágrimas em letras, nascidas de coisas incompreendidas de alguém que chora com o coração nas mãos. O céu já não tem as respostas, as resplandecentes agora já tragadas pela escuridão; sozinho, um grão de areia na multidão, verdade ou mentira, essa é a sensação.
As palavras atiradas em qualquer direção, ouvidos atentos aguardando respostas que não chegam; um peso de esquecimento, que a qualquer momento arrebentará com tudo o que resta da sutil emoção.