Me desculpem o mal feito transporte da imagem. Um dia eu aprendo.... Sesá que aprendo?



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VOZES DO FINITO
 
Prosa Poética
 
Já é quase manhã, menos densa a fatia do negro
e mais rala a noite do lado de fora.
Acovarda-se  o escuro e recolhe seu exército de insetos
nas densas brumas da mata.
 
O astro-rei vem dobrando a curva redonda das águas dos mares.
Acorda a aurora que, feitas as ablações  com gotas de sereno
que desfilam de verde nas folhas de arbustos no ritmo da brisa,
segue o ritual sagrado do despertar do dia, ao som do fundo
musical da orquestra da natureza, no dvd da bicharada,
divinamente regida pelo maestro sabiá.
 
Bale o ovino, berra o cabrito e porcos grunhem sua fome.;
canta o galo no terreiro; as aves estudam suas partituras e pássaros
miúdos solfejam alegria. Canta e encanta dolente o pombo
sua dor, mas tudo é harmonia.
 
Os grilos da noite que cricrilam enfadonhas insistências, recolhem-se
com o exército da noite e calam seis ais sonolentos no albergue da selva.
 
O bem-te-vi, de peito aberto, fecha as asas e toma seu posto no pódio
da borda da mata e espalma pulmões aos saltitantes/passante s/voantes:
 
–             Bem te vi – que equivale à saudação matutina aos amigos da terra.
              
 









Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 24/10/2011
Reeditado em 25/10/2011
Código do texto: T3295616
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