DANÇA DA SOLIDÃO

Essa companheira silenciosa

que tantas vezes camuflo

hoje resolveu cutucar-me.

Respondo lhe com movimentos trôpegos,

e convido a incômoda parceira pra dançar.

Num salão escuro, um violino abre meu peito,

e a lágrima rola derrentendo a máscara.

Mais um giro e a emoção ganha espaço,

me embala pra dentro para um profundo abraço.

Uma brisa nova sopra, embalando outro passo,

dele aos poucos crio um novo compasso

A sala se amplia e ao fundo percebo sua constante companhia.

Então, de luz acesa espanto a senhora tristeza, aceito o encontro adiado.

Solidão, desculpe por não ter lhe dado atenção.

Katia Silva
Enviado por Katia Silva em 02/11/2011
Código do texto: T3313942
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