Peito aberto

Acho que me perdi de mim ou em mim, me dê a mão e não diga nada, gastei meu tempo tentando aprender o que eu não sei, o que não queria saber...

Feche os livros, leve daqui seus provérbios; me dê a mão, e não diga nada...

Tenho o mundo ao meu redor e um sonho na cabeça, tenho portas abertas e peito escancarado, a escolha de entrar ou virar as costas é sua...

Na minha bagagem de mão não preciso mais que papéis e uma caneta, para o meu coração sonhador só um canto reservado...e muito chão pra caminhar...

Gosto de mim e dos meus espaços íntimos, das minhas conversas ao pé do ouvido, e da imensidão que me cobre, justamente porque tento alcançá-la...e nunca consigo...

me instiga o que não toco, me acende o que não apalpo...

Me considere parte do infinito, que adetra os seus anseios e mexe com seus mais recônditos receios...me aceite como um astro na sua órbita, circulando sem rumo...me verá nas noites dos seus delírios e eu o terei nos meus loucos devaneios...

Feche as cortinas...pela nesga de luz que me descobre a ansiedade já exposta... mapeie e tome posse do que lhe pertence há muito...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 12/07/2005
Código do texto: T33174
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