LIMITES

O limite da fé é a crença, da saude é a doença, da sobriedade é o piléque. Ando sempre á beira dos limites, tomando meus rebites pra não dormir enquanto escrevo, mas eu só dirijo as palavras, só trafego as estradas que dão rumo ao coração. Falo muito entre amigos, no limite da amizade, amante da fraternidade onde amigo vira irmão. Adorador da simplicidade praticante da humildade mas orgulhoso de ser assim. O limite da minha calma é quando a ofensa me atinge a alma ou quem gosta de mim. Gosto da honestidade mas o limite da seriedade estreita a bebedeira, deixo os goles me embriagarem e as piadas me guiarem numa prosa domingueira. Se o limite da vida é a morte enquanto tiver sorte vou passando longe dela, se o limite da agilidade é a destreza será com muita tristeza que vou me entregar á ela.

Mario Sapateiro
Enviado por Mario Sapateiro em 10/11/2011
Código do texto: T3327275
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