Minha Orixá

O sol amanheceu cinza nesta quarta-feira, o astro-rei estava lá, no seu devido lugar, brilhando no céu, mas era um brilho triste, com um colorido cinza. Na aurora daquele dia ainda não sabia eu que havias partido do universo e que virara uma estrela, a pentatonica que me guiaria.

Ao saber da tua partida partiu-se o meu coração e a minha alma se fez duas, tremendo a metade em vão. Agora me restam as lágrimas e desconsolo do vazio que ficou na vida dos corredores onde conversávamos baixinho as nossas tramas de desapego, de desamor, de desachego. Agora me resta o som das turbinas do avião onde nunca embarcamos naquela viagem que parou no tempo.

Mas vai...vai estrela-guia, vai estrela da magia, encanta as galáxias por onde passar e espalha o perfume da nossa tão pura amizade por onde quer que vá, minha amiga, minha xamã, minha orixá.

HOMENAGEM a Paula Vasconcelos, amiga-irmã, falecida em 16 de novembro de 2011, Quarta-feira.

Profano
Enviado por Profano em 17/11/2011
Reeditado em 17/11/2011
Código do texto: T3340277
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