E por falar...

E por falar...

E por falar em amor,

onde foi mesmo que se perdeu?

Em que mar, ou bar se corrompeu?

Os restos do naufrago,

bravos guerreiros,

lutam com ardor para sobreviver...

Pobres coitados,

não sabem que sobrevida é quase a morte?

E por falar em frio,

onde andam teus abraços?

É certo que tua voz é quente,

mas prefiro teus braços...

E aquele luzeiro, qual farol,

que faiscavam teus olhos ao me ver?

Aquela alegria, que o fazia rir de tudo e de todos,

por onde anda?

A vontade lasciva, bandida do meu cheiro,

a embriagar tua pele e invadir tua alma...

E por falar em vida,

onde anda a vontade louca, o desejo visto

pelos lábios mordidos?

As palavras carinhosas de amor escondidas

em frases perdidas...

Talvez a morte seja sorte,

e com um pouco de coragem enterremos de vez

o que um dia chamamos de AMOR ...

E por falar nisso,

seja feliz!

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 03/01/2007
Código do texto: T334853