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EU E O ANJO NAS ESTRELAS...

Ontem, eu meditava nas incongruências do mundo, em tanto sofrimento que via, estava triste, pensando que, a depender dos seres humanos, a Terra continuará sendo este imenso e doloroso vale de lágrimas, onde a dor, a aflição é a nota dominante...
Orei, e me preparei para dormir, mal deitei, percebi uma forte luz entrando num dos cantos da parede, de uma coloração algo azul-esverdeada, foi-se intensificando, iluminando cada vez mais, entretanto, aquela luz produzia o mesmo magnetismo de sempre, e me paralisava a voz; não conseguiria falar, mesmo que desejasse... De repente, irrompeu quarto adentro aquele ser de luz, o anjo sideral, com aquela transcendental beleza e luminosidade, que seu rosto como que se confundia em tanta luz, deslizou até mim e me disse mentalmente: “Contenha tua tristeza, pois O Cristo está no leme da embarcação do planeta Terra, isso que vês é o sinal dos tempos; se avizinha o grande momento da transformação para melhor, dessa morada cósmica, não vos inquieteis; conforme lhe prometi, vou aproveitar o ensejo para levá-lo a outras moradas do Pai espalhadas pelo Cosmos e, assim, voltarás confiante, animado"
Estendeu as diáfanas mãos sobre meu corpo e, logo que me vi fora dele, a figura angelical pegou-me pelas mãos; me senti numa espécie de vórtice e, na velocidade do pensamento, logo estávamos num sistema solar de uma beleza estonteante. Sóis triplos gigantescos iluminavam os planetas que compunham o séquito que os acompanhava pelo infinito. O anjo disse-me: “Vamos conhecer mais de perto um mundo que é a concretização do sonho ideal para qualquer outro”. Descemos num imenso planeta de uma coloração sem igual na Terra. Seres graciosos se moviam pelos ares, respirava-se uma espécie de perfume na atmosfera, a geografia do astro também é sem paralelo. Mas o anjo cósmico falou-me: “Aqui há apenas uma nação, uma religião, um governo único, quem governa são os que mais amam, aqui não se temem os comandantes, ao contrário, ama-se e muito, os que governam; o amor a Deus está acima de todas as coisas, e se trabalha para a harmonia do Universo, os seus habitantes colaboram na Obra Divina, inclusive estão ajudando os terrícolas...”
Pasmo, incapaz de perguntar algo, não sabia direito nem para que lado olhar... A figura divinal pegou-me pela mão e, como num passe de mágica, chegamos a outro planeta daquele mesmo sistema de sóis triplos. Impossível descrever o que via, não há palavras no vocabulário humano, termo de comparação para aquilo tudo.
Mas, a surpresa foi estrondosa quando paramos num imenso, luminoso, maravilhoso local, onde seres de aparência tão graciosa que me fascinavam, pareciam assistir a uma espécie de apresentação artística. A figura angélica comentou:
“Amas a música, bem o sei, mas agora ouvirás a Música Divina...” Fiquei expectante, olhei para algo mais ou menos parecido com um imenso palco, na falta de outra definição, digamos que era um palco, algo luminoso e belo, onde dezenas de seres de uma beleza incomum se aglomeravam portando algo, que depois vi que eram instrumentos musicais; não há a menor chance de descrevê-los, repito: nada igual na Terra eu tinha visto... Ah! Eu que, às vezes, ouço certas sinfonias terrenas que me parecem coisa divinal, me levam ao sétimo céu, quando aqueles seres começaram a executar uma sinfonia indescritível, só posso dizer que a nossa música não passa de ruídos, diante da que ouvia, senti uma coisa me invadindo, não sei se era emoção, ou o quê; algo que fazia chorar de alegria, sentir uma euforia que me enchia de vontade de falar com Deus, com Jesus, olhei para aquele anjo a meu lado, vi que ela também estava como eu, naquele êxtase divinal... Aqueles seres terminaram a execução, percebi que toda a imensa platéia irradiava uma luz singular que se evolava de cada um dos seres. Minha condutora pegou novamente na minha mão como a dizer que estava na hora de voltarmos e, num abrir e piscar de olhos, quando dei por mim estava acordando no corpo físico, ainda a ouvir um resquício daquela música divina... Meu rosto estava molhado de lágrimas, a emoção que senti se comunicara a ele... Em minha mente, a voz angelical falava: “Confie sempre que Jesus não te esquece, assim como eu, que te sigo há tantos séculos...
PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 23/11/2011
Reeditado em 27/06/2014
Código do texto: T3352913
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