Festejemos o amor que não existe

Festejemos o amor, que sobre flores

faleceu, onde o perfume

da vida se fundiu...

A razão não entende o sentimento

que ao vento se curva e quer perdão

quantas flores murcharam sem a seiva

incerteza da recíproca intenção.

Festejemos o amor que morre cedo

e que deixa para sempre um amargou

a lembrança maltrata e alimenta

uma alma que perdida se encontrou.

Festejemos o amor quase possível

entre dores sorrisos a soluçar

tentativa de ser amor perfeito

sem direito da paz eternizar.

Este amor é de barro, é concreto

e quem vai à procura volta triste

dos delírios que nos falam as canções

um desejo que nos falta, não existe.