Sei que você não viu que eu estava chovendo
Do que faço das minhas manhãs não te diz respeito
Ou quem sabe tanto te importe que fujas para verdades amenas
Não há expectativas sustentáveis, deste cabo delas
Agora deverias estar feliz diante da queima de fogos
Talvez nem mesmo o fogaréu tenha lhe aquecido
Rios mágicos trazem-te até diante do meu espelho
Incisões precisas dilataram ainda mais a fenda da camada
Certamente imaginas de que raios estou falando
São daqueles quando as nuvens trombam nos teus olhos
Teus olhos ciganos carregam toda tua tradição
Soam teus santos insistentes num hino que desconheço
Resta-me a paciência recém-adquirida numa compra cósmica
Inspiras-me cuidados inúteis, pois a sobrevivência a Deus pertence
Onde tens estado leva o eterno selvagem da civilização avançada
Até nos profundos poços de desejos te procurei em vão
Ondulam meus pensamentos que recorrem aflitos as minhas bases
Sou o erro não calculado nos teus planos tão gentis
Insistes numa vaga idealização de um novo caos desalentador
Adianto-me a tua falta de perspectivas que quando acontecem machucam
Até onde meu extenso querer sustentar-te-á não posso saber
Coerente ou não com a indigesta aceitação do que é, esforço-me
Serenarei diante dos caldeirões que ardem aquecidos por um sol de pouca vontade
Arrepia-me o dedutível daquilo que expões de bom grado
Zen meu bem, ficarei zen, o melhor que posso por mim agora