Apenas quando cair em pedaços. / Só os Poetas.

É como é, o Sol nasce e cai todos os dias, o verde cresce esperando se tornar cinzas, sentimentos e poetas não nascem para serem explicados. E águas dos oceanos que a lua obedecem dançando, como ninfas entregando aos meus olhos o que devo dizer e a razão de tudo que devo sofrer; compreender torna-se impossível a quem não tem o coração nas mãos.

Quer ver meu amigo? Dê a mão venha comigo.

O sopro dos ventos, a voz das chuvas cantando canções que ouviram das estrelas nos céus, transcrita em língua de poesia, aqui, ali, acolá, minhas cartas ao campo estrelar.

Então não me machuque mais tanto assim, suas palavras me rasgam a alma como aço frio à carne, não me machuque por não entender.

Veja como tão frio me tornei e quão quente ainda sou, a sina de quem tocou o céu e o viu se tornar negro.

E é como é, foi e será, voz sensível que talha nas muralhas, pequenos poemas que falam de dor e amor e os corações maleáveis tenderam a tremelear e os que não sentem, sentiram apenas quando cair em pedaços.

Na poesia eu digo toda a dor e a beleza que só poetas podem entender, mas veja você também entenderá, apenas quando cair em pedaços.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 25/12/2011
Reeditado em 27/05/2014
Código do texto: T3405732
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