Imoral da História.

O imoral da história exala fezes e aspira traições.

O imoral da história tece considerações distorcidas e irreais.

O imoral da história conta moedas e prega que o paraíso é logo ali.

O imoral da história nunca quis saber quem estava certo ou errado, não fazia questão disso, já que faz e sempre fez o que lhe é mais apetecível.

O imoral da história se esbalda em prazeres e mesquinharias várias.

O imoral da história não tem tempo nem considerações.

O imoral da história mente e ri de tudo isso. Quanto tem que chorar desaba e se abraça no primero hospedeiro que encontra.

O imoral da história mente e convence, e quando por baixo se submete e se humilha.

O imoral da história é o desvio de caráter que faz com que a humanidade por vezes "patine".

O imoral da história é a antena fora de sintonia.

É a doença incurável.

É a ignorância resoluta.

É a vítima da moda.

O sectário do mais rico.

O puxa-saco.

O mal-caráter...

O imoral da história, apesar de abominável, sobrevive aos borbotões, enchendo esquinas e rodas de fuxico.

Na verdade, no fundo, no fundo, o imoral da história nem sequer sabe distinguir bem e mal, e se gaba disso, já que para si o que mais vale é o prazer instantâneo.

SAvok OnAitsirk, 28.12.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 28/12/2011
Reeditado em 29/12/2011
Código do texto: T3410652
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