Amor nato

Esse amor já existia, estava ali, reservado. Sabia que a alguém pertencia. Ainda sentindo-se esquecido, sorria... Sabia que dia viria e, naturalmente, se ligaria a outros sonhos, sentimentos e flores. Nesse canteiro de amores que mais seria a soma de almas em plena primavera, a energia animaria a paisagem que se transfiguraria em flores, cores e aromas. Esse amor já existia e, seria amor, porque seria eterno. Acrescentando temperos de afeto, que correspondiam a desejos tão sutis, quanto à ação das águas de um riacho que altera seu curso com o passar dos anos. Esse amor que agora flui como filete d’água límpida de nascente, tornar-nos crentes que será evidente. Esse amor, que apossa... Mesmo que não se tencione, é imperioso sentir.