MicMacs à tire-larigot

...agora, no entanto, gostaria de estar entre as arvores. Encarou o rosto que encarava a rua misturando-se aos borrões esticados do lado de fora do ônibus. Tudo balançava. Fitou Júlia (entregue aos seus fones) com um olhar cabisbaixo – para ele aquilo era mais um ruído. Pensou que nada como a música para se abstrair. Vento, nuvem e chuva. Não queria encher Júlia com seus pensamentos, com sua vontade repentina de se converter num animal selvagem, de seu nariz virar focinho e rastrear por terra sua caça – se alimentar, dormir, acasalar, beber, caçar, alimentar, dormir, acasalar, caçar, dormir... não almejar mais nada.