Recusa

Agora vejo tanto, perspectivas mil congelando-se diante dos que sonham e buscando no destino a culpa ou o remédio para a sua dor, prazer e amor, dor.

A cada gota de chuva e todos mais perto do fim; subsistência ditando o ritmo, singularidade abandonada pela luta por sobrevivência, resistência à obediência é o grito que vem profundo na minha alma.

Desejos se tornando cinzas frente aos olhos, puxado por correntes ao conformismo para criar mais um escravo do sistema; e aqueles que são o motivo de nosso conflito, para seu bem, caçoando nossa expressão, matando o desejo, apagando a liberdade, prendendo o cabresto em suas cabeças.

A cada gota de chuva, vejo o esquecimento de quem sou eu mesmo, um ritmo que dita o momento a me tornar mais um, sem meio apenas fim, culpando o destino além de mim. Me recuso a ser assim e se for o momento do fim serei um, serei mil, a nunca silenciar, a recusa de ser aquém, alguém, quem?

Mato o destino em nome da força de vontade, liberdade que jaz nesse mundo.

Me recuso a ser...

Me recuso a sofrer por...

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 28/01/2012
Reeditado em 28/01/2012
Código do texto: T3466944
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