Menina Mulher

Sou uma menina

que brinca de pula – pula;

ciranda e bambolê;

faço trança em minha boneca;

desenho no meu subconsciente

a vida que me dou, por completa.

Quando na generosidade me vejo mãe,

na doce palavra de quem tem o ventre e gera vida,

na fonte de sua beleza ainda ser filha, só assim!

O que faz feliz?

– ter a chave para abrir a porta,

se houver porta para entrar e sair,

quando há saída,

não estar presa contra a minha própria vontade.

Sinto-me mulher e não objetos de textura.

Quero pensar, quero sentir o que me faz feliz:

o trabalho, a rotina, cheiro do homem que amo

na confiança de dormir em teus braços.

Quando for dia, deslumbrar no passeio a beira mar.

Na orla de toda essa praia, olhar de quem vê o horizonte,

que se banha no azul que arranha o céu.

Paraíso, praia, mansidão de horizonte,

águas rasas, areia alva,

o espelho que reflete em ondas.

Sinto as mãos de quem me segura,

nesse latente sol de verão

e meus sonhos de fada

com o meu presente amor.