VIVER
VIVER
Essa coisa sobrenatural que é a vida,
Essa coragem de vivê-la à beira do nada
É uma verdade que não faz sentido.
É o coração exposto sem medo do risco,
Presença e ausência se confundem
No desconhecido de aprender sozinha
A própria liberdade que liberta.
Por enquanto eu te prendo, e tua vida
Desconhecida e quente está sendo
A minha única e íntima verdade.
Terá sido o amor? Mas que amor é esse
Tão cego, tão neutro, que preciso lembrar
Teus olhos, tuas mãos, a doçura perdida.
Não sei dizer se perdi ou se ganhei
Só sei que só revivendo vou viver.
Márcia Rocha
08/02/2012