Misérias enfim...

Tombada a cor de algo que se descarta apenas por um aperto, cada ar que entra e sai comprimindo e percorrendo, esbarra nas imperceptíveis barras de ferro.

Num ritmo desconhecido sente o desengano se está presente.

Mais uma vez, esmagado pelo tempo, esbarra e cava mais abaixo ignorando o que há.

No silêncio, jorra escuridões, meio à natos clarões, que levam ao desespero de não querer se tornar maior.

Seria pra esbarrar em um ritmo mais lento, contudo, ainda se pode.

E, se for pra depois daquela camada de ar sufocante o vago e estreito espaço soltar, todas as garras estarão a contemplar.

O que seria feito então?

Não mais tombada na escuridão do olhar, a mudez das palavras não serão necessário.

Em todo estraçalhar de um tempo desacelerado, não mais o avistará.

Não hesitarás em apresentar cenas em um descompassado texto e que não se esbarrará nas pequenas barras, agora perceptíveis.

Não mais será vivido às misérias nem às ingratidões, demasiadas, desumanas.

Não mais será preciso a dor, ainda que, houvesse novas misérias.

adiv
Enviado por adiv em 12/02/2012
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3494252