A lua que eu te dei

Posso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou

Posso te falar dos medos, do meu desejo, do meu amor

Posso te falar de tudo que sinto

e ainda assim permanecer em silêncio sem dizer nada

apenas para contemplar o silêncio que existe entre nós

Posso falar da tarde que cai e aos poucos deixa ver no céu a lua

que um dia eu quis dar a você

Mas não posso entregar algo que nunca me pertenceu

Mesmo querendo muito, mesmo que fosse o mais certo

não posso dar aquilo que nasce, brilha em seu mais alto esplendor, e nos abandona

Não quero ser lembrado assim...

Sempre que posso, fujo da minha realidade,

me perco propositalmente em devaneios até altas horas

No banho, durante o sono, a qualquer momento

viajo sem rumo, curto a minha loucura sobre mim mesmo

me entrego a tudo e a todos sem medo de ser feliz

Sei que no final, a chuva vem, me acorda

o choque me espanta

Poxa! Isso é real? Essa é a vida?

Como fazer para deixá-la e viver no meu sonho?

Adaptado de: A lua que eu te dei - Ivete Sangalo

Por: Raoni Sanfelicce e Afonso Herrera

Afonso Herrera
Enviado por Afonso Herrera em 05/03/2012
Reeditado em 07/04/2012
Código do texto: T3535634
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