Serena, a gaivota pousa numa...

Serena, a gaivota pousa numa réstia de luz dourada. O silêncio é de oração. A planta rasteira esparramada pela duna branca, dança ao som da brisa que acalenta e afaga docemente meus cabelos embranquecidos. É na praia que eu encontro resquícios de passos da criança que fui e me faz criança outra vez. Todo o tempo do mundo parou aqui. As gaivotas ainda se lembram disto. Deito na areia fina e espero o sol se pôr, envolto na canção de ninar dos gritos das gaivotas marisqueiras de final de tarde. Logo adormeço pensando em acordar mais tarde em minha cama, caso tudo isto tenha sido apenas um sonho.

23/01/2007

Paulo Orlando
Enviado por Paulo Orlando em 24/01/2007
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