TRAÇAS

De traço em traço eu tento traçar minhas maus traçadas linhas, pedindo a Deus que se leia nas entrelinhas, as intenções poéticas "literárias".
Aí é que entram as traças, elas surgem como se viessem do nada, ínvadem salas e quartos, insétos alados que tão logo abandonam suas asas se infiltram de forma invisíveis, nos tetos das casas, destruindo tudo o que encontra pela frente.
Não se inportando se são casebres desprotegidos ou manções equipadas com modernos sistemas de seguranças.
Quando menos se espera elas aparecem, minando tudo que encontram, madeira, livros e até materiais sólidos como tijolos, lajes etc. Nem mesmo as óbras de artes escapam a essa praga tão pequena e insignificante. Avaliadas a primeira vista, fica impossível identiifcar seu enorme poder destruidor.
As traças humanas, também são desumanas, quando elas se infiltram entre nós o fazem disfarçadas de ovelhas.Tão logo se instalam entre nós se revelam veradeiras traças, atacando nossas "artes" que pra nós são relíquias, que muitos até as consideram como filhas e filhos.
Quando atacados, percebemos que elas não passam de destroços a se misturam com nossas lágrimas de tristezas e decepções.
A vontade que sentimos é a de parar com tudo jogar no lixo tudo o que já escrevemos e silenciar para sempre nossas vozes.