Aquela velha inspiração
Vejo muito que a tanto já poderia ter sido dito,
Tanta palavras a contar, terror, desejos e mito,
D’amores e causos que repetidos hoje, parecidos no passado,
De que forma contar? Não me vejo necessário a fugir,
Do modo simples de te mostrar, - Vamos à velha inspiração!
Que ascendera os grandes Mestres à eterna memoria,
Não só por saberem formas, mas tem a paixão, desejos e razão.
Aquela tão antiga e tão recente em linhas e versos viventes
E não tente fugir, fingir ignora-la, sabes que a vive agora,
Em suas linha ou pensamentos ou singelos movimentos,
Não fira o Seu orgulho criticando-a no passado as tem aqui,
Agora, seu presente! Ou então mate-a em seu peito,
Feche os olhos para tudo o que dela viu e diga se podes viver!
Dou-lhe meu conselho, amigo, -É nela ou contra ela que nasce,
As novas ou velhas ideias, um momento combate o outro?
Ou apenas dá nova forma àquela velha inspiração?
Então não faça-me mau, a mim e minha palavra-espada,
Que se no passado mudara o mundo, no futuro o fará.