DESABAFO

Quem sabe um dia eu não serei um "deus"?
Um "deus" nos acuda;
Nos acuda da ignorância desse poder caolho...
Um poder que fode sem camisinha uma nação descamisada e de verbo morto;
Sem vez e voz.
Uma nação cerzida pelos senhores que se dizem "homens" do poder,(foder)...
"Senhoris"do faz de conta; dos tapinhas nas costas em tempo de eleições;
Que vêm sempre munidos de palavras"Santas"e álcool nas mãos.
Quem sabe um dia não serei um "deus"
Um "deus" de voz parida, não partida, crescida...
Nascido de um parto comum; sem feridas,
Sem máscaras e de prumo nas mãos?
Que sabe um dia não serei um "deus"
Um "deus"; das marquises, onde jaz vidas sentadas no colo da "coca e da cola";
Que dormem as pés da insensatez dos pirilampos surdos;
Surdos tímpanos que volitam fantasmagóricos nas casa de fogões á lenha...
Quem sabe um dia eu não serei um "deus"?
Um "deus" de pulso cerrado, (não forjado), decantado.
De dentadura comprada pelo o suor do rosto.
Quem sabe um dia não serei um "deus"?
Quem sabe... quem sabe...


 
Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 10/04/2012
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T3604403
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