Amor, eterno amor.
Podem parecer cinzas as tardes sem presença nobre,
Ou vãs, as noites em que minha "troupie" não sofre revista.
Mas, é tão claro como a luz da manhã, certeza de todo dia,
Vereda reducente, inda que o sol nos negue ultravioleta,
Sabermos que Ele reina, que nos sobrepõe a Sua destra,
A nos limpar a alma, nos aparar as arestas, nos lapidar.
Assim tem sido o feito de até agora:
Tão limpo, tão forte, demais sereno,
A nos induzir pensar, sempre a nos fazer tentar,
Para assim transformar-nos, fundir-nos, tornar-nos um só.
Se a soma der setenta vezes sete,
Ou a metade não for menor que trinta e oito e meio,
Esta será a matemática exata da nossa luz, do nosso amor.
Então, mais que enfático eu te anuncio,
Mais que eufórico eu te aceito:
Como você gosta e quer...
Como eu quero e gosto.
E não arriscar dizer:
- "Para sempre!"