Canto de Saudade

A mesa continua posta.

Mil bordas, mil flores artificiais.

Taças coloridas, brindes frequentes

Alimentos vários onde deuses fartavam-se

Mofam na estante de madeira maciça

Sem que olhos os procurem

A poesia insiste e surge entre mel e sangue

Tempero perfeito para a sede de muitos

Há tempos o espelho já não possui reflexos

Bons momentos de luz e emoção

Faltam flores perfumadas

Música animada

Abraços e beijos sinceros

Coreografia diversa do amor

Canto alto a saudade infinita

Da poesia concreta

Base da minha inspiração.