PARA BRASÍLIA
 
 
 
 
Tenho na ponta da minha caneta,
A batida do meu coração.
Voando nas asas imaginárias,
Sou o Senhor da minha razão!
 

Ando por caminhos incertos,
Nuvens saracoteiam no céu.
As letras se fazem parceiras,
Na relação que temos no papel.
 
 
Em silêncio faço meu discurso,
Projetando meu grito de alerta.
Se a justiça é cega, eu enxergo,
E me faço um rebelde poeta.
 

Para Brasília, para ele descer!
Para Brasília, não o deixe voltar!
Para Brasília, ele é nocivo!
Para Brasília, ele é pra lamentar!
 
Ele tem que pedir pra sair,
No Congresso não pode ficar.
No GDF, ele se locupleta,
O Governo é pra ele furtar.
 
 

Menor não pode trabalhar,
Exceto na televisão.
Sendo delinquente ele vota,
Como os eleitos, não vai pra prisão.
 

Nepotismo é pra servidor público,
Não vale pra parlamentar.
Suplente tem regalias sem voto,
Isso eles não querem mudar.
 
 
Hospitais aqui vivem doentes,
As BR/s nos fazem chorar.
Elegemos pessoas erradas,
Só porque não sabemos votar.