POETA QUE SE DIZ NÃO-POETA.
Aqui, na quietude desse lugar, onde posso apreciar uma natureza singular, longe do burburinho da cidade, vejo, apreciando, um céu bem mais próximo de mim, a cada vez que levanto os olhos;
É a vida que desabrocha a cada passo;
Desperta em mim o poeta que gostaria de ser, para num rabiscar ligeiro, deixar tudo que sinto gravado numa folha;
Minha vida se enche de vida ao ver os olhos encantados de minhas crianças diante da beleza da natureza;
Na formiga que carrega sua folha;
Nas pequeninas e singelas flores do mato;
Na mamãe cabra que alimenta o filhote;
No barulhinho gostoso de um córrego distante;
Posso admirar, assim, a simplicidade e a grandeza da vida.
Escrito pela poetisa Maria Thereza Lepore Panza,minha mulher, no Hotel Garlipp em Nova Friburgo, datam muitos anos, aproximadamente na década de 1980.