MELANCÓLICA SOLIDÃO

A moça - que sabe da duração da noite - se prepara para vivê-la. Para isso, aquece seu pensar e se põe a fantasiar seus sonhos. Ternamente se despe de orgulhos, pudores e credos, para aliviar o desejo que se instala e, de olhos abertos, procura, na imaginação, o deus vivo da sua alma, e se entrega, sozinha, aos seus desmandos. O rosto pálido - por uma, duas, três vezes a ilusão do amor – em toques - se transforma em expressão de cálida esperança de, ao alvorecer, encontrar-se com a realidade da noite passada.


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Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 22/04/2012
Reeditado em 17/09/2014
Código do texto: T3626933
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