SILÊNCIO

SILÊNCIO

Hoje já escrevi tantos poemas

E minh’a alma pede mais

Acho que é porque ainda não disse

Tudo de que é capaz

Segurou palavras escondidas

Que so por você podiam ser ouvidas

No livro deixou em branco

O cerne do meu pranto

No capítulo da euforia

Achou que você não entenderia

Abraçou então palavras que servem a vários fins

Vestiu-as de múltiplos sentimentos

Metáforas iguais a mim

Ainda assim minh’alma não se contenta

Tenta verter o silêncio

que de longe a cumprimenta

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 18/05/2012
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