Infância distante...

A família reunida na cápsula lunática de nossas cabeças...

O extremo nunca foi além do limite...

E o limite é o paraíso,

o prepotente lugar perfeito.

Viver livre

é a esperança fundamental de nossos filhos.

Pobres filhos da vida...

pois pagam seus descasos com costumeiros fracassos.

Mas nas entranhas do rompimento covarde,

a mão da colagem materna

sempre afagou os nossos cabelos.

Por isso continuamos reunidos

e decididos a encarnar a chama do fogo eterno

– nas disparidades de versos e prosas –

que assiste no entardecer.

Da distante infância,

à velha cadeira de balanço,

primeiro sinal de passagem

ao encontro dos nossos ancestrais.