NÃO SE ARREPENDA

Sei que às vezes pensamos

Que não temos ninguém

Além do que nossa vista

Alcançou na ilusão do além

A ilusão somos nós

Somos o pó vivo

Entre os redimidos

Dissolvidos entre bocas e ouvidos

Não desanime como almas inquietas

Diante do impermanente estado das coisas

Porque a maioria inexiste

O livro lido é adjacente na prateleira da mente

Demente deveras será se te fixares

Se te crucificares na semente que não alimenta

Esta semente como o girassol permanece

Imóvel aparentemente morta inerte jaz ignora

Mais se jogada em solo ressuscitará do jazigo de outrora

Trazes algo contigo que precisa ser transformado

Se não serás consumido pelo que não ofereces...

Se não for a preces vivas adormeces e esqueces

Precisas ser como a águia cavalgando a ventania

E não se deixar que a ventania te leve como alma vazia

Quando baterem a tua porta o que pode parecer normal

Mas se for o mal não adiante te armares e abri-la a céu aberto

Não pense que tua força é superior a legiões

Peça se possível for pro seu anjo da guarda

Que é o seu olho mágico abri-la pois pode ser

Que do outro lado esteja quem menos você esperava

Conte sempre com a força que tens dentro

E nunca a que está pelo lado de fora que é passageira

Nunca tente tomar a frente do pai sua face é corredeira

Ele sabe o que é melhor mesmo que estejas desnorteado

Ele saberá o que fazer de cor e salteado

Não podemos julgar tampouco condenar

Porque ninguém conhece tanto a si mesmo

Até ser tempo de falar

O destino é como um coringa

Deixa-se embaralhar

Diante das cartas do carteado

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 30/05/2012
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