Tenho muitos irmãos. Aliás, tenho uma família enorme. Mas, admito: tenho me esquivado, me distanciado um pouco de suas vidas. Não é falta de amor, carinho, preocupação ou coisas do gênero. É apenas uma casca de proteção que o tempo – ou a má administração dele – vai moldando em nossa pele e, sem que percebamos, ela atinge o coração. É difícil remover toda esta parte sólida que vai nos envolvendo com o passar dos dias. Essa solidez que vai embalando nosso sentir. Isolando nossa sensibilidade e nos privando do convívio com nossos afetos. Talvez seja coisa da idade. Mas, apesar de sentir falta do tempo em que sabia tudo de todos e estava sempre procurando resolver a vida de cada um, apenas percebi o quanto estava me tornando distante e fria quando, este mês ao participar de vários encontros com amigos e familiares, percebi que em algumas de minhas poucas palavras/atitudes em relação a vida, tenho agido de forma arrogante, parecendo perdida. Pior, distante. Foi então que senti a forte presença da casca que me protege e que é preciso ser removida para que eu não perca minha forma humana de enfrentar os dias. Refleti um pouco sobre tudo e percebi o quanto a correria nos rouba o encanto da vida. Este mês tive vários momentos de partilha com minha família. Momentos onde percebi o quanto este convívio estava me fazendo falta. Reencontrei primos que não via há mais de trinta anos, amigos que moram logo ali, mas que não tenho visitado, companheiros de luta que havia perdido o contato. Maio foi, verdadeiramente, um mês de muitas alegrias. Revi amigos e familiares muito queridos e percebi o quanto eles fazem falta em minha vida. E eu, que estava me tornando sólida, me deixo ser novamente líquida. Quero, novamente, me envolver com todos aqueles que amo. Quero, de novo, deixar que eles me façam sorrir e chorar. Quero, mais uma vez, ser mais que uma lembrança boa, quero ser presença amiga, querida. Quero ver, muitas vezes, o brilho de felicidade no abraço de reencontro. Quero deixar transbordar meus sentimentos sem medo de sofrer. E eu que tenho muitos amigos que são como irmãos e alguns irmãos que são grandes amigos e sempre soube que eles valem muito para mim, tem muita importância em minha vida, minha memória e em minha história, faço questão que eles saibam disso. Eu nem tenho palavras para agradecer a vida pela oportunidade de descobrir isso com tempo de reorganizar meus dias e dedicar mais tempo àqueles que amo. Porque não é sempre que conseguimos tirar a venda dos olhos a tempo de ver o nascer e o por do sol...
Brincando com meu neto na calçada de mamãe
Encontro com Obery Rodrigues - Natal -RN
Encontro com Obery Rodrigues,
Edna Lopes e Zilma - Natal -RN
Silvana, Edna, Obery Rodrigues,
Omar e Segundo
Aniversário de Patrícia na
Chácara Santa Luzia
Colação de Grau de Samara
Meu aniversário
Dia das Mães
Encontro com Eliane após 10 anos
Encontro da AFLAM -
aniversariantes do trimestre
Aniversário de Ivone
Aniversário de Ivone
Aniversário de Tia Rita
Jantar com a família
Jantar com a família
Fotos: Registro de alguns dos muitos momentos em família e com amigos...