Paralelepípedos

e de todas as saudades, hoje, a que me doeu, foi aquela de quando descia a Rua Cônego José Maria contando os paralelepípedos... Numa inocência cômica de achar que eu acertaria o número exato, algum dia...

Anos e anos depois, esta rua foi asfaltada e o dia que isto aconteceu me doeu e até chorei...

Hoje, entendi que não era mesmo para eu fechar aquela conta... E ainda que exista aquele asfalto sobre meus lindos paralelepípedos, eu sei que eles estão ali! Com toda minha história inocente... e com um pouco da pureza daqueles poucos anos de idade...

O tempo parece que acaba com certas coisas... Mas, muitas coisas resistem... e apenas se escondem sob o asfalto!!!