NÃO HAVIA UM NÃO

Carlos Edyl

Nunca houve um não

No seu fim.

Mera interrupção

Do tudo que era muito

Intenso em demasia

Perturbação ao que era nada

Nada além da vida

Vida que se queria assim.

Não havia um fim

No seu não

Veemente rejeição

Negativa do primeiro passo

A tudo que requer começo

Você só queria

Constatar o absurdo

De todo início

que resulta sempre em fim.

Você existia no meio

Você se mantinha no durante

Resistindo a dissipar a magia

De uma percepção delirante

Desejos do mundo

Constantes na minha cara.

Não havia meio

De começar a te pôr fim

Você simplesmente permanecia

Como pedra rara

Para sempre tatuada

Brilhando dentro de mim...

Carlos Edyl
Enviado por Carlos Edyl em 07/02/2007
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