NÃO HAVIA UM NÃO
Carlos Edyl
Nunca houve um não
No seu fim.
Mera interrupção
Do tudo que era muito
Intenso em demasia
Perturbação ao que era nada
Nada além da vida
Vida que se queria assim.
Não havia um fim
No seu não
Veemente rejeição
Negativa do primeiro passo
A tudo que requer começo
Você só queria
Constatar o absurdo
De todo início
que resulta sempre em fim.
Você existia no meio
Você se mantinha no durante
Resistindo a dissipar a magia
De uma percepção delirante
Desejos do mundo
Constantes na minha cara.
Não havia meio
De começar a te pôr fim
Você simplesmente permanecia
Como pedra rara
Para sempre tatuada
Brilhando dentro de mim...