Navalha

Quando é noite, navalha.

Os raios da mágoa,

despontam com seus brandais,

entre as luzes, cintilantes

sobre postes, a vista.

Não há muito para ver, um guisar

Numa saudade só, que afaga a alma

Leva a calma, se fica só, a doer.

Num pensar, da noite, navalha

Que vem, calada, castiga

E sobre túmulos se vão

as dálias, que cheiram

Flores, que dão, vão, essa...

E fica, a noite, as marcas

Quando é noite, as águas param

O ser cessa do sem, lastimando

E fica uma dor cortante, alancear

Que se guarda, mas ao ser

É noite,

E quando o é, navalha

Sem cabo para se guardar

E se permitir um tempo, reerguer.

É noite, navalha...

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 09/02/2007
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T375577