Hoje

Hoje senti pena de mim.

Quis fugir, voltar

renascer das cinzas, como uma fênix... Não pude.

Seu olhar me persegue

Consegue vê o último dos encantos?

Os meus já se foram...

Criou-se um vácuo; puro, incandescente, mas um vácuo...

A paz desprendeu das rochas, virou pó, caiu nas águas de um rio...

Hoje não sou mais santa.

Sou apenas um resto do que fui, pálida, absolutamente pálida...

Estou suja e me condenas.

Sou fraca, insanamente fraca...

Risos ecoam ao meu redor

Crianças, cuidado!

À segunda vista tudo parece perfeito, eternamente perfeito...

Para tudo!

Fecha as cortinas!

Cai o cenário!

Hora de ir.

Calo.

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 10/02/2007
Código do texto: T375945
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